Cinco erros ao aplicar antifúngicos no pós-colheita

5 erros ao aplicar antifúngicos no pós-colheita

Mesmo com tecnologias disponíveis e protocolos bem definidos, ainda é comum a ocorrência de falhas operacionais que comprometem a eficácia dos tratamentos e colocam em risco a integridade dos produtos. E não é diferente quando falamos do uso de antifúngicos no pós-colheita.

Afinal, essas falhas geralmente estão ligadas ao uso inadequado dos compostos, à ausência de critérios técnicos e à falta de integração com outras estratégias de conservação.

Por conta disso, separamos quais são os principais erros cometidos na aplicação de antifúngicos no pós-colheita, explicando os riscos associados e como corrigi-los.

Continue a leitura para descobrir!

O que são antifúngicos?

Antifúngicos são substâncias ativas com capacidade de inibir ou eliminar o crescimento de fungos fitopatogênicos.

Eles podem ser aplicados em diferentes momentos da produção agrícola, mas têm papel estratégico na etapa de pós-colheita, quando os alimentos estão mais suscetíveis à contaminação por patógenos oportunistas, como Botrytis cinerea, Penicillium spp. e Alternaria spp.

Esses compostos atuam sobre a parede celular, membrana plasmática ou processos metabólicos dos fungos, impedindo sua proliferação e ação destrutiva.

No contexto do pós-colheita, os antifúngicos são utilizados em formulações líquidas, aplicados por imersão, aspersão ou em sistemas de nebulização controlada, geralmente integrados a linhas de beneficiamento, embalagem ou armazenamento refrigerado.

Quais são os benefícios da aplicação de antifúngicos no pós-colheita?

O controle de fungos após a colheita é essencial para assegurar a integridade dos produtos ao longo da cadeia de distribuição.

Os benefícios do uso de antifúngicos neste momento não se limitam à redução de perdas, mas também se refletem em ganhos econômicos, reputacionais e logísticos.

Preservação da qualidade visual e organoléptica

A aplicação de antifúngicos impede o desenvolvimento de manchas, podridões e outras alterações que comprometem a aparência do alimento.

Isso é fundamental em mercados que valorizam o aspecto estético do produto, como redes varejistas e exportadores.

Além da aparência, a proteção contra fungos evita alterações de sabor e textura, mantendo a experiência sensorial original do alimento.

Redução de perdas econômicas

O uso de antifúngicos eficazes reduz significativamente esse percentual, contribuindo para o aumento da rentabilidade da produção.

A menor incidência de descarte também otimiza o uso de recursos naturais e insumos empregados na lavoura.

Extensão da vida útil

Ao controlar a carga microbiana e evitar a proliferação fúngica, os tratamentos prolongam o tempo de prateleira dos produtos, permitindo transporte a longas distâncias e maior flexibilidade logística.

Essa vantagem é crítica em cadeias de exportação, onde o tempo entre colheita e consumo pode ultrapassar semanas.

Conformidade com exigências fitossanitárias

Mercados internacionais possuem regulamentações rigorosas quanto à presença de fungos e resíduos em alimentos frescos.

A aplicação criteriosa de antifúngicos compatíveis com os limites estabelecidos por cada país garante o acesso a esses mercados, além de reduzir o risco de devoluções e sanções comerciais.

Integração com outras tecnologias de conservação

Antifúngicos podem ser usados em conjunto com técnicas como atmosfera controlada, refrigeração e revestimentos comestíveis, potencializando os efeitos de conservação e criando barreiras múltiplas contra deterioração.

Essa abordagem integrada é uma tendência nas práticas sustentáveis de pós-colheita.

Quais são os 5 erros ao aplicar antifúngicos no pós-colheita?

Mesmo com todos os benefícios comprovados, a eficácia dos antifúngicos depende diretamente da forma como são aplicados.

1. Escolher o produto sem considerar o agente causal

Um erro recorrente é a escolha do antifúngico com base apenas no espectro geral de ação, sem análise específica do patógeno presente na lavoura ou no centro de distribuição.

Afinal, cada fungo possui características fisiológicas distintas e níveis variados de resistência.

Para evitar, é interessante realizar diagnósticos fitossanitários da carga microbiana pós-colheita.

Testes laboratoriais, como isolamento e identificação por cultura, são essenciais para direcionar a escolha da molécula ativa mais eficaz. Além disso, é recomendado o uso rotativo de princípios ativos para evitar resistência.

2. Utilizar dosagens inadequadas

Aplicar o produto em concentração inferior à recomendada compromete sua ação, permitindo que o fungo sobreviva e se adapte.

Por outro lado, dosagens excessivas elevam o custo da operação, podem deixar resíduos acima dos limites legais e afetar a integridade do alimento.

Para não sofrer com isso, é necessário seguir rigorosamente as instruções do fabricante e realizar calibração periódica dos equipamentos de aplicação.

Considerar as variáveis envolvidas, como temperatura ambiente, umidade e tempo de exposição, para ajustar a dose conforme necessário.

3. Aplicar o antifúngico fora do momento ideal

A aplicação tardia, ou seja, quando os primeiros sinais de infecção já estão visíveis, também compromete a ação preventiva do tratamento.

Por outro lado, realizar a aplicação em um momento em que o produto não irá aderir corretamente à superfície também prejudica a eficácia.

O caminho aqui é incorporar o tratamento antifúngico no protocolo pós-colheita imediatamente após a seleção e higienização dos produtos.

Como resultado, você consegue assegurar maior uniformidade de contato e evita que o fungo se instale. Monitorar a janela de tempo entre colheita e aplicação também é fundamental.

4. Ignorar a interação com outros tratamentos

Alguns antifúngicos perdem eficiência quando aplicados em conjunto com outros compostos, como ceras, detergentes ou conservantes.

Há casos em que a incompatibilidade química leva à formação de precipitados ou inativação da substância ativa.

Por isso, nunca se esqueça de consultar previamente a compatibilidade entre os produtos utilizados e realizar testes-piloto em pequenos lotes antes de escalar para toda a produção.

Quando necessário, aplicar os produtos em etapas diferentes do processo, com tempo adequado de secagem e absorção entre eles.

5. Desconsiderar os parâmetros de armazenamento após a aplicação

A eficácia do antifúngico também depende das condições ambientais em que o produto tratado será armazenado.

Temperaturas inadequadas, excesso de umidade ou ventilação deficiente favorecem a proliferação de fungos, mesmo após o tratamento.

O mais importante aqui é adotar práticas integradas de manejo pós-colheita, incluindo refrigeração, controle de umidade relativa e ventilação forçada.

Estabelecer protocolos claros de rastreabilidade e inspeção durante o armazenamento e transporte para identificar qualquer sinal de falha precoce.

A aplicação de antifúngicos no pós-colheita é uma etapa crítica para garantir a qualidade e segurança de alimentos frescos.

Quando bem executado, esse processo pode reduzir drasticamente as perdas, estender a vida útil dos produtos e assegurar acesso a mercados exigentes.

No entanto, a eficácia do tratamento depende de decisões técnicas precisas, que envolvem desde a seleção correta do princípio ativo até a integração com as demais etapas do manejo pós-colheita.

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