Com o crescimento populacional e a necessidade de alimentar bilhões de pessoas, o setor de produção e processamento de itens in natura enfrenta múltiplos desafios pensando em reduzir o desperdício de alimentos.
A boa notícia é que existem inúmeras tecnologias contribuindo para resolver esse cenário: como a nanotecnologia, uma resposta aos problemas de deterioração, contaminação microbiana e redução de valor nutricional de produtos comercializados.
Continue a leitura para entender um pouco mais sobre essa solução e o seu impacto!
Qual é o cenário atual do desperdício e a necessidade de soluções avançadas
De acordo com um levantamento da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 1 bilhão de refeições são desperdiçadas por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar.
O objetivo, agora, é garantir a disponibilidade de produtos de alta qualidade por mais tempo, sem comprometer a segurança ou a integridade dos itens.
Nesse cenário, diferentes abordagens vêm sendo testadas, como embalagens ativas, controle atmosférico e processos de refrigeração otimizados. Porém, métodos mais tradicionais possuem limitações em termos de custo, viabilidade logística e efetividade na proteção contra agentes patogênicos.
Já a nanotecnologia consegue oferecer uma alternativa com grande potencial de aplicação, possibilitando o desenvolvimento de soluções mais precisas, eficazes e, em alguns casos, até mais sustentáveis.
O que é a nanotecnologia?
A nanotecnologia lida com estruturas em escala atômica ou molecular, geralmente variando de 1 a 100 nanômetros.
Essa dimensão extremamente reduzida permite que os materiais apresentem propriedades físico-químicas diferenciadas, facilitando a criação de revestimentos, embalagens ou aditivos funcionais com elevada capacidade de barreira contra gases, vapores e microrganismos.
Qual é o papel da nanotecnologia na cadeia de suprimentos?
Em outras palavras, o uso de nanopartículas possibilita o desenvolvimento de produtos altamente específicos, que podem interagir diretamente com a superfície de frutas, legumes ou outros itens alimentícios.
Aplicações direcionadas ao controle microbiológico
Um dos principais fatores que agravam o desperdício de alimentos é a proliferação de organismos indesejados.
Quando falamos de itens altamente perecíveis, como frutas e hortaliças, a ação de fungos e bactérias pode arruinar a qualidade em questão de horas ou poucos dias.
Nesse ponto, a nanotecnologia contribui diretamente na elaboração de superfícies tratadas, coberturas protetoras ou substâncias com propriedades antimicrobianas.
A NanoFood, por exemplo, desenvolve revestimentos baseados em nanopartículas que são capazes de formar uma barreira quase imperceptível ao redor do produto.
Além disso, por serem formulações atóxicas, essas películas são totalmente comestíveis, evitando preocupações sobre resíduos químicos indesejáveis.
Extensão da vida útil e preservação de propriedades nutricionais
Além de evitar a contaminação microbiana, a nanotecnologia também desempenha papel significativo no controle de processos fisiológicos que ocorrem após a colheita.
Frutas e legumes continuam respirando mesmo após serem removidos de suas fontes naturais, o que leva à perda gradual de propriedades como firmeza, sabor e nutrientes.
Por meio de revestimentos nanoestruturados, é possível regular, de maneira mais apurada, a permeabilidade a gases como oxigênio e dióxido de carbono, retardando a taxa de degradação.
Quando a respiração é moderada e a incidência de fungos e bactérias é minimizada, os itens mantêm suas características originais por um período maior.
Na prática, isso se traduz em estoques mais estáveis, maior flexibilidade no agendamento de transportes e melhor aproveitamento de promoções de venda.
A manutenção de nutrientes também é um fator de destaque. Diversos estudos indicam que as reações de oxidação e a incidência de microrganismos influenciam a concentração de vitaminas e antioxidantes em hortifrútis.
Sustentabilidade e biodegradabilidade como diferencial competitivo
A sustentabilidade ambiental passou a ser critério fundamental em muitas decisões de compra e estratégias empresariais.
Grandes redes varejistas e o público consumidor exigem maior transparência sobre a origem e o impacto dos produtos.
Nesse ponto, soluções baseadas em nanotecnologia podem oferecer vantagens significativas, principalmente se forem projetadas para serem biodegradáveis, como ocorre com os revestimentos da NanoFood.
A biodegradabilidade reduz a geração de resíduos que demorariam muito tempo para se decompor, contribuindo para um ciclo de vida de menor impacto ecológico.
Além disso, o fato de essas películas protetoras serem comestíveis elimina a necessidade de remoção manual, simplificando processos de triagem e descarte.
Quando comparadas a embalagens plásticas convencionais, essas inovações podem diminuir a pegada ambiental de forma substancial, o que agrega valor tanto à marca quanto ao produto final.
Outro aspecto relacionado à sustentabilidade é a diminuição do uso de pesticidas e fungicidas tradicionais. À medida que as nanopartículas criam barreiras eficazes contra microrganismos, pode haver menor demanda por aplicações adicionais de substâncias químicas agressivas.
Impactos na cadeia produtiva e na gestão de perdas
Ao investir em tecnologias de ponta para controlar e prolongar a vida útil dos alimentos, gestores de operações no agronegócio conseguem otimizar a alocação de recursos, incluindo mão de obra, estrutura de armazenamento e rotas logísticas.
Quando a deterioração é reduzida, há maior previsibilidade na chegada dos itens ao destino final, seja no mercado interno ou nas exportações. Além disso, fornecedores podem planejar melhor suas colheitas e vendas, evitando picos desnecessários de oferta que não encontram demanda imediata.
A experiência mostra que, para muitos produtores, o desperdício de alimentos acontece antes mesmo de o produto chegar às prateleiras.
Fatores como excesso de maturação e contaminação prematura podem inviabilizar a comercialização, gerando perdas financeiras expressivas. Nesse sentido, a nanotecnologia atua como um catalisador de eficiência, garantindo maior aproveitamento de cada safra.
Do ponto de vista do varejo, o uso de coberturas nanoestruturadas também contribui para a manutenção da qualidade dos itens expostos.
Menos trocas de produtos danificados significam menor necessidade de reposição contínua, resultando em economia de tempo e recursos.
Já para os consumidores finais, a percepção de alimentos mais frescos, seguros e com maior durabilidade reforça a satisfação e a confiança na marca, criando um ciclo positivo que impacta todas as etapas do processo.
A nanotecnologia tem se mostrado um diferencial na busca por soluções efetivas para o problema do desperdício de alimentos. Sua capacidade de atuar em nível molecular permite a criação de soluções que aumentam a vida útil dos produtos.
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