A preservação e o prolongamento da vida útil de produtos in natura sempre estão entre as grandes preocupações de quem trabalha na indústria de alimentos. Em particular, frutas e legumes apresentam desafios de armazenamento e transporte devido à sua composição rica em água e sensibilidade a microrganismos.
A boa notícia é que existem soluções para isso, os revestimentos alimentares. Esses produtos são capazes de mitigar perdas, reduzir desperdícios e manter a qualidade sensorial e nutricional dos produtos.
Não à toa, a adoção dessas soluções no setor tem crescido bastante, muito por conta também das demandas por maior sustentabilidade, otimização logística e melhor experiência do consumidor. O que acha, então, de entender como essas soluções podem ser aplicadas na prática? Continue a leitura para saber!
1. Aumento da vida de prateleira
A extensão da vida útil de frutas e hortaliças é uma das prioridades de qualquer cadeia produtiva dedicada ao comércio de perecíveis.
O amadurecimento, a senescência e a proliferação microbiana reduzem o tempo que o produto permanece em condições adequadas para consumo, acarretando perdas econômicas e riscos de desabastecimento.
Os revestimentos alimentares atuam na diminuição das reações químicas que levam ao envelhecimento do fruto, principalmente ao criar um ambiente modificado em torno da superfície.
Outro ponto é que o fruto ou legume passa a “respirar” de forma mais controlada, retardando o amadurecimento excessivo e a produção de etileno em variedades que são climatéricas.
Além disso, algo importante na preservação é a desidratação. E películas à base de polissacarídeos, proteínas e lipídeos criam uma barreira que evita o ressecamento, minimizando a perda de peso e prolongando o tempo que o produto mantém aparência e textura desejáveis.
Essa barreira semipermeável também dificulta a entrada de patógenos, inibindo infecções fúngicas e bacterianas. Com menor incidência de podridões, os alimentos permanecem próprios para comercialização por períodos mais longos, reduzindo o descarte antecipado.
Juntando todas essas características, você cria o cenário ideal para ampliar a “janela de comercialização” sem sacrificar a qualidade final. Para gestores, prolongar a vida de prateleira significa maior flexibilidade no planejamento de distribuição e menor risco de vender produtos fora de padrão.
2. Redução de perdas e desperdícios
Minimizar o volume de alimentos descartados é um desafio permanente em toda a cadeia de suprimentos de hortifrúti. Os revestimentos alimentares contribuem diretamente para reduzir perdas desde a fase de processamento até o ponto de venda, aliviando os custos de produção e de logística.
Mas a aplicação de coberturas forma uma camada protetora que pode amortecer impactos leves, limitando a incidência de machucados e o consequente apodrecimento acelerado. Essa vantagem é especialmente valiosa para variedades mais sensíveis, como mamão e tomate.
Além disso, durante o transporte e armazenamento, é comum que ocorram variações de temperatura e umidade. Com o uso de revestimentos, o produto consegue manter suas características mesmo diante de pequenos desvios das condições ideais.
No final, a redução de perdas implica em melhor aproveitamento da colheita, resultando em menor consumo de água, energia e insumos agrícolas, além de diminuir a produção de resíduos orgânicos em aterros sanitários. Dessa forma, as empresas podem unir eficiência econômica à responsabilidade ambiental.
Quando somados, esses fatores impulsionam a competitividade, já que menos perdas equivalem a margens de lucro mais robustas e maior disponibilidade de produtos de boa qualidade.
3. Manutenção da qualidade sensorial
Prolongar a vida útil de frutas e legumes não pode representar a perda, por exemplo, do sabor, textura, aroma e até mesmo a aparência das frutas e legumes. A boa notícia é que tudo isso é preservado para aumentar a aceitação do consumidor, inclusive em compras por impulso, que são frequentes em setores como o varejo.
Os revestimentos alimentares formam uma barreira que retém boa parte desses compostos, mantendo o aroma fresco por mais tempo. Em frutas como pêssegos e mangas, esse fator é fundamental para manter a atratividade.
Mas não se preocupe: a camada protetora regula o fluxo de umidade, prevenindo a perda de água que resulta em murchamento e perda de firmeza. Em tomates, por exemplo, isso auxilia a preservar aquela sensação de suculência essencial para a aceitabilidade do produto.
Além disso, apesar de muitas frutas sofrerem escurecimento rápido após a colheita ou quando cortadas, essas soluções conseguem retardar a oxidação, mantendo a coloração viva da polpa.
4. Segurança e integridade microbiológica
A segurança alimentar não pode ser negligenciada em nenhum estágio, certo? É por isso que as coberturas comestíveis podem colaborar de forma substancial para reduzir riscos de contaminações.
Ao atuar como barreira física e veículo de compostos antimicrobianos, os revestimentos alimentares auxiliam na prevenção da proliferação de patógenos, protegem a saúde do consumidor e resguardam a reputação do fornecedor.
A película minimiza o contato direto entre a superfície do alimento e o ambiente, dificultando a adesão e a penetração de microrganismos.
Em processos de exportação de longa distância, esse fator é estratégico para evitar perdas massivas devido a doenças fúngicas e bacterianas.
5. Eficiência logística e competitividade
Empresas que atuam em cadeias de fornecimento complexas, especialmente para mercados distantes, enfrentam o desafio de equilibrar logística eficiente com a preservação da qualidade dos produtos.
Os revestimentos alimentares tornam esse processo mais viável, graças à capacidade de manter frutas e legumes mais estáveis durante transporte e armazenagem.
Tudo isso porque, ao formar um microclima no entorno do alimento, as películas reduzem a necessidade de temperaturas muito rigorosas ou atmosferas controladas de alto custo. Algo que não elimina a importância da refrigeração, mas possibilita maior tolerância a possíveis falhas ou oscilações no trajeto.
Além disso, com a vida de prateleira estendida, a janela para comercialização se expande. Isso permite planejar rotas de forma mais otimizada, reduzir viagens urgentes e adequar estoques conforme a dinâmica do mercado.
Em um setor cada vez mais globalizado, a capacidade de entregar alimentos em boa condição, no momento certo e a custos competitivos, é determinante para o sucesso da empresa.
Para gestores e profissionais do setor, compreender as especificidades e o potencial técnico dessa solução é essencial para a tomada de decisão e adoção de inovações que tragam resultados sólidos.
Quer entender mais sobre como esse tipo de solução pode ser benéfica para a sua produção? Entre em contato com a nossa equipe comercial agora mesmo!